quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Já que se fala em fundos comunitários mal geridos...

Passos Coelho acusa o PS de não apresentar "a versão socialista atual de como é que os fundos durante muitos anos foram utilizados em Portugal e do preço que vamos pagar por os termos utilizado mal"

É muito fácil falar quando já não existe a possibilidade de contra-resposta, no entanto, acho que António José Seguro poderia pronunciar-se sobre esta matéria, começando com a altura em que Cavaco Silva utilizava fundos comunitários para atribuir subsidios aos pescadores e agricultores para não produzirem... Era só o começo! 

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Hoje dizem por aí




Desrespeito pela função pública

Pouco mais de um mês depois de sair a noticia sobre os "assessores e especialistas" nomeados pelo governo de Passos Coelho, na sua maioria, jovens recém licenciados, com idades compreendidas entre os 24 e os 30 anos,  e com publicas ligações à JSD, a auferir remunerações na ordem dos 3000€ e 4000€, e alguns superiores a 5000€(!) vários jornais noticiam hoje que esses mesmos assessores receberam os seus subsidios de férias em 2012.

A meu ver, estamos, mais uma vez, perante um insulto à classe trabalhadora da função pública, estamos perante um desrespeito e desconsideração total por todas aquelas pessoas que lhes viram cortados os subsidios em junho passado!

Mais uma vez, este governo não está a respeitar o principio da igualdade e está a violar uma medida que ele próprio tomou, uma vez que os assessores são funcionários públicos em regime de nomeação e auferem salários superiores a 1100€!

Lembro-me que Pedro Passos Coelho disse que ia ser contido nas nomeações, agora imagino o que seria se não fosse...

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Em dia de greve geral

"É pela solidariedade e não pela austeridade sem fim que os objetivos do défice público serão alcançados"


François Hollande 


Já há muito tempo que o Presidente da República francês tem merecido a minha consideração e admiração. Inicialmente pelas medidas tomadas aquando a sua eleição, e agora com estas declarações. Claramente, alguém com visão para ocupar o lugar que ocupa! 

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Resignação e conformismo

No âmbito da Semana Global do Empreendedorismo, Cavaco Silva nas suas declarações, apelou aos jovens portugueses para que recusem a "resignação e o conformismo". 
Lendo estas declarações, é possível tirar bastantes elações, sendo que a principal é que o PM e o PR pensam de maneira bem diferente: Quando para um, a emigração é uma solução, o outro incentiva à valorização própria.
No entanto, seguir os conselho do Sr. Presidente da Républica é bastante dificil, quando se vive num país onde as empresas passam por dificuldades, onde a taxa de desemprego nos jovens licenciados (e não só) é elevadissima e não são criados incentivos ao emprego jovem.

Vá-se lá compreender os homens...


Nova falha da meta do défice



No dia seguinte ao inicio da 6ª avaliação da Troika, o governo Português assume que não vai conseguir cumprir a meta do défice, estabelecida em 5% do PIB! (avança hoje o económico)
É caso para dizer: Os portugueses cumpriram, o governo Não! 
Foram pedidos esforços aos portugueses, foram aumentados impostos, foram cortados subsidios e feriados, tudo em "bom nome" do cumprimento do acordo e com a justificação de que é preciso honrar os compromissos!
Os portugueses horaram o compromisso que foram obrigados a fazer, o governo Não! Empobreceu os portgueses, destruiu a economia, e não fez crescer o país!


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Feliz? Como?

"Angela Merkel colocou-se como apoiante de Portugal no que diz respeito às medidas de equilíbrio orçamental, dizendo que fará tudo para que "Portugal seja feliz"

Era este o conteúdo essencial da notícia do DN, agora mesmo ao fim da tarde. Entre outras coisas, vê-se mais uma vez, o PM a rejeitar uma renegociação do memorando da Troika, o que significa que as suas anteriores declarações - "Vamos cumprir o memorando, custe o que custar!" - são para se manter. 
Este "custe o que custar", será o empobrecimento (o fim!) da classe média, será o fim das pequenas e médias empresas que não têm capacidade de produção, devido à dificuldade de obtenção de financiamento para a aquisição de matérias primas, serão os cortes nos desempregados e pensionistas... Este custe o que custar, será o descalabro da economia Portuguesa! 

Este "quero ver Portugal feliz" é um insulto aos funcionários da fábrica de peluches de Oleiros e da Autoeuropa, que estão com os postos de trabalho em risco, devido à intenção de deslocalização das unidades de produção em Portugal, para países com mão de obra bem mais barata! 

Até quando teremos que sofrer isto?! 

sábado, 10 de novembro de 2012

Memória curta

Já tinha conhecimento desta situação, no entanto, hoje encontrei este esclarecedor relato da situação (algures no facebook): 

"Em 1953, há menos de 60 anos - apenas uma geração - a Alemanha de Konrad Adenauer entrou em default, falência, ficou kaput, ou seja, ficou sem di
nheiro para fazer mover a atividade económica do país. Tal qual como a Grécia atualmente.
A Alemanha negociou 16 mil milhões de marcos em dívidas de 1920 que entraram em incumprimento na década de 30 após o colapso da bolsa em Wall Street. O dinheiro tinha-lhe sido emprestado pelos EUA, pela França e pelo Reino Unido.
Outros 16 mil milhões de marcos diziam respeito a empréstimos dos EUA no pós-guerra, no âmbito do Acordo de Londres sobre as Dívidas Alemãs (LDA), de 1953. O total a pagar foi reduzido 50%, para cerca de 15 mil milhões de marcos, por um período de 30 anos, o que não teve quase impacto na crescente economia alemã.
O resgate alemão foi feito por um conjunto de países que incluíam a Grécia, a Bélgica, o Canadá, Ceilão, a Dinamarca, França, o Irão, a Irlanda, a Itália, o Liechtenstein, o Luxemburgo, a Noruega, o Paquistão, a Espanha, a Suécia, a Suíça, a África do Sul, o Reino Unido, a Irlanda do Norte, os EUA e a Jugoslávia.
As dívidas alemãs eram do período anterior e posterior à Segunda Guerra Mundial. Algumas decorriam do esforço de reparações de guerra e outras de empréstimos gigantescos norte-americanos ao governo e às empresas. Durante 20 anos, como recorda esse acordo, Berlim não honrou qualquer pagamento da dívida (!).
Por incrível que pareça, apenas oito anos depois de a Grécia ter sido invadida e brutalmente ocupada pelas tropas nazis, Atenas aceitou participar no esforço internacional para tirar a Alemanha da terrível bancarrota em que se encontrava. Ora os custos monetários da ocupação alemã da Grécia foram estimados em 162 mil milhões de euros sem juros. Após a guerra, a Alemanha ficou de compensar a Grécia por perdas de navios bombardeados ou capturados, durante o período de neutralidade, pelos danos causados à economia grega, e pagar compensações às vítimas do exército alemão de ocupação. As vítimas gregas foram mais de um milhão de pessoas (38960 executadas, 12 mil abatidas, 70 mil mortas no campo de batalha, 105 mil em campos de concentração na Alemanha, e 600 mil que pereceram de fome). Além disso, as hordas nazis roubaram tesouros arqueológicos gregos de valor incalculável.
Qual foi a reacção da direita parlamentar alemã aos actuais problemas financeiros da Grécia? Segundo esta, a Grécia devia considerar vender terras, edifícios históricos e objectos de arte para reduzir a sua dívida.
Além de tomar as medidas de austeridade impostas, como cortes no sector público e congelamento de pensões, os gregos deviam vender algumas ilhas, defenderam dois destacados elementos da CDU, Josef Schlarmann e Frank Schaeffler, do partido da chanceler Merkel. Os dois responsáveis chegaram a alvitrar que o Partenon, e algumas ilhas gregas no Egeu, fossem vendidas para evitar a bancarrota. "Os que estão insolventes devem vender o que possuem para pagar aos seus credores", disseram ao jornal "Bild".
Depois disso, surgiu no seio do executivo a ideia peregrina de pôr um comissário europeu a fiscalizar permanentemente as contas gregas em Atenas.
O historiador Albrecht Ritschl, da London School of Economics, recordou recentemente à "Spiegel" que a Alemanha foi o pior país devedor do século XX. O economista destaca que a insolvência germânica dos anos 30 faz a dívida grega de hoje parecer insignificante. "No século xx, a Alemanha foi responsável pela maior bancarrota de que há memória", afirmou. "Foi apenas graças aos Estados Unidos, que injetaram quantias enormes de dinheiro após a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, que a Alemanha se tornou financeiramente estável e hoje detém o estatuto de locomotiva da Europa. Esse facto, lamentavelmente, parece esquecido", sublinha Ritsch.
O historiador sublinha que a Alemanha desencadeou duas guerras mundiais, a segunda de aniquilação e extermínio, e depois os seus inimigos perdoaram-lhe totalmente o pagamento das reparações ou adiaram-nas. A Grécia não esquece que a Alemanha deve a sua prosperidade económica a outros países. Por isso, alguns parlamentares gregos sugerem que seja feita a contabilidade das dívidas alemãs à Grécia para que destas se desconte o que a Grécia deve actualmente.
A ingratidão dos países, tal como a das pessoas, é acompanhada quase sempre pela falta de memória." 

por Albrecht Ritschl, da London School of Economics

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Com parceiros assim...

Faz-me uma certa confusão, ouvir Passos Coelho dizer que a Alemanha é um bom parceiro de Portugal, quando depois leio noticias assim
Mais uma vez é possível ver que mais uma empresa não sofrerá com a falta de encomendas,mas sim com os custos de produção! Um flagelo que tem atingido cada vez mais empresas, que devido à dificuldade em financiar a aquisição de matérias primas, não conseguem fazer face às encomendas, e acabam por encerrar, ou deslocar-se para países com mão de obra mais barata, lancando assim, centenas para o desemprego 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Obama ou Romney?



Eu não posso, porque se podesse, escolhia Obama! 

Sem rodeios

Na resposta à carta enviada por Pedro Passos Coelho a António José Seguro, a convidar o PS para participar na refundaçã do estado, gostei particularmente deste parágrafo: 

"E é ainda, com o respeito devido, mas com muita frontalidade que digo ao Primeiro-Ministro que se considera, como destacados dirigentes da maioria o têm verbalizado, que o PS é um partido irresponsável e que não tem alternativas a apresentar ao país, então estamos a perder tempo precioso e a reunião que propõe não passa de uma encenação."

Claramente uma resposta simples, onde basicamente o Secretário Geral do PS diz "não andamos aqui a brincar aos convites". O PS já apresentou enumeras alternativas de corte na despesa, de forma a poupar os portugueses de sucessivas e duras medidas de austeridade, contrariando a ideia defendida pela coligação de que "não há outro caminho". 
Existe sim outro caminho, o caminho do crescimento económico que só é possivel com a adoção de medidas de apoio à empregabilidade, com a criação de linhas de crédito que permitam às empresas a financiamento para a aquisição de matérias primas para a produção, redução dos custos de energia, entre muitas outras. 

Este governo está a querer tranformar Portugal numa China, onde há muita mão de obra, desqualificada e barata, contrariando o que somos e deviamos ser: uma Alemanha, com mão de obra qualificada, e um grande exportador. 


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Ser assessor no governo vale a pena...

Depois das nomeações em catadupa para os cargos de Assessores, o governo de coligação PPD/PSD-CDS dá mais uma "machadada" no principio de equidade na função pública. 
O DN noticía hoje que os assessores que foram contratados em 2011 para essa função vão receber o subsidio de férias e de natal (13º e 14º mês) em 2012, contrariando o anunciado por Pedro Passos Coelho (aquele que tinha dito que cortar nos subsídios era um perfeito disparate)  em 2011, com o corte dos subsídios para rendimentos superiores a 1100€ para funcionários públicos e pensionistas. 

O PS já pediu esclarecimentos ao governo a respeito desta matéria, no entanto, segundo José Junqueiro (ex-Secretário de Estado) a resposta tem vindo a demorar. 
Segundo o DN, o governo justifica que os subsídios "que poderão ter tido lugar referir-se-ão a férias adquiridas e vencidas em 2011 que nos termos da lei só puderam ser gozadas (e pago o subsídio referente a 2011) em 2012". No entanto, uma justificação que não convence a bancada do Partido Socialista que defende que "não pode haver funcionários ao mais alto nível que se estejam a escapar a esse contributo, com a capa protetora do Governo" e que, quando são os assessores são nomeados para tal, "acertam contas" com o privado e este paga-lhes aquilo a que têm direito, e iniciam uma "nova fase" na função pública. 

Relembra-se que o corte foi considerado pelo tribunal constitucional como uma medida que viola a constituição. Já se fala que em 2013 os subsídios serão repostos, mas na minha modesta opinião, será sim estudada uma forma de tornar o corte constitucional, ou seja, alarga-lo ao privado. 

Notícia do DN aqui